Um avanço promissor no tratamento do câncer de pele (melanoma) vem de um pesquisador do Instituto de Física de São Carlos da USP, Dr. João Silva, e sua equipe, que desenvolveram uma nova técnica utilizando raios laser.
Por Juba Paixão
Este tratamento inovador foi recentemente incluído no Sistema Único de Saúde (SUS), proporcionando acesso gratuito a uma tecnologia de ponta para milhares de pacientes. O tratamento a laser se destaca por sua precisão e eficácia na destruição de células cancerígenas, minimizando danos aos tecidos saudáveis.
Essa técnica representa um avanço significativo em relação aos tratamentos tradicionais, que frequentemente envolvem cirurgias invasivas e quimioterapia.
Além dessa inovação, Dr. Paulo Pereira, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, está à frente de uma pesquisa que reprograma células do próprio paciente para combater o melanoma.
Já esse procedimento envolve a modificação genética das células do sistema imunológico do paciente, tornando-as mais eficazes na identificação e destruição das células cancerígenas.
Este método tem mostrado resultados promissores em ensaios clínicos e pode se tornar uma opção vital no combate ao melanoma.
Diversas outras pesquisas e desenvolvimentos estão em andamento em instituições renomadas. Por exemplo, no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), os pesquisadores estão explorando terapias gênicas e imunoterapias que mostram potencial para transformar o tratamento do câncer.
Outra instituição de destaque é o Hospital de Amor (antigo Hospital de Câncer de Barretos), que lidera pesquisas em tratamentos personalizados para diferentes tipos de câncer.
A inclusão do tratamento a laser no SUS reflete a importância de tornar as inovações médicas acessíveis a toda a população, garantindo que os avanços científicos se traduzam em benefícios concretos para os pacientes.
A comunidade científica, com o apoio de políticas públicas, continua a trabalhar incansavelmente para desenvolver novas terapias que ofereçam esperança e cura para aqueles que enfrentam essa doença desafiadora.
Tratamentos Mais Avançados no Mundo
1. Terapia com Inibidores de Checkpoint Imunológico:
Pesquisador: Dr. James Allison
Instituição: MD Anderson Cancer Center, EUA
Descrição: Esta terapia, que inclui medicamentos como ipilimumab e nivolumab, ajuda a reativar o sistema imunológico do paciente para que ele possa combater as células cancerígenas de maneira mais eficaz. Dr. Allison recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 2018 por seu trabalho pioneiro nesse campo.
2. Terapia CAR-T (Chimeric Antigen Receptor T-cell):
Pesquisador: Dr. Carl June
Instituição: Universidade da Pensilvânia, EUA
Descrição: Esta técnica envolve a modificação genética das células T do paciente para que elas possam reconhecer e destruir células cancerígenas. A terapia CAR-T tem mostrado resultados promissores em vários tipos de câncer, incluindo o melanoma.
3. Terapia com Anticorpos Monoclonais:
Pesquisador: Dr. Steven Rosenberg
Instituição: National Cancer Institute (NCI), EUA
Descrição: Dr. Rosenberg desenvolveu tratamentos que utilizam anticorpos monoclonais para identificar e atacar células cancerígenas específicas. Esta abordagem tem sido eficaz no tratamento de diversos tipos de câncer, incluindo o melanoma.
4. Terapia de Vacinas Personalizadas:
Pesquisador: Dr. Ugur Sahin e Dr. Özlem Türeci
Instituição: BioNTech, Alemanha
Descrição: Esta técnica envolve a criação de vacinas personalizadas baseadas no perfil genético do tumor do paciente. As vacinas ajudam o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células cancerígenas de maneira mais eficaz.
5. Terapia de Radiação de Prótons:
Pesquisador: Dr. Nancy Mendenhall
Instituição: University of Florida Health Proton Therapy Institute, EUA
Descrição: A radiação de prótons é uma forma avançada de radioterapia que utiliza prótons em vez de raios X para destruir células cancerígenas com maior precisão, causando menos danos aos tecidos saudáveis ao redor.
Esses tratamentos representam a vanguarda da pesquisa e inovação no combate ao melanoma, oferecendo novas esperanças para pacientes em todo o mundo. Com a inclusão dessas tecnologias avançadas no SUS, o Brasil está demonstrando um compromisso significativo com a saúde pública e o avanço científico.