A liberdade é um dos pilares fundamentais de qualquer sociedade democrática. No entanto, seu valor muitas vezes só é plenamente compreendido quando ameaçada.
Recentes ataques a candidatos presidenciais, censura da imprensa e restrições à liberdade de pensamento levantam questões urgentes sobre o verdadeiro preço da liberdade e os sacrifícios necessários para sua manutenção.
Atentados aos presidenciáveis, em diversas partes do mundo, é um atentado à democracia. Temos testemunhado essa violência às figuras políticas que representam mudanças ou visões diferentes.
Esses ataques não são apenas contra indivíduos, mas contra a própria essência da democracia. Quando um candidato presidencial é alvo de violência, toda a sociedade sofre um golpe, pois se enfraquece o processo democrático que depende da livre escolha e do debate aberto.
Censurar a imprensa é silenciar a verdade, pois a imprensa livre é considerada o quarto poder em uma democracia, sendo essencial para informar a população e fiscalizar o governo. No entanto, a censura e a perseguição a jornalistas ameaçam essa liberdade.
Países onde a imprensa é silenciada mostram claramente os perigos dessa prática: a corrupção cresce, a desinformação se espalha e a população perde seu direito à verdade.
Casos emblemáticos como o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi em 2018 demonstram os extremos a que alguns regimes estão dispostos a ir para silenciar vozes dissidentes.
É preciso defender a liberdade de pensar e expressar: a base do progresso da liberdade de expressão. Um direito humano fundamental, garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. No entanto, essa liberdade está sob constante ataque.
Pensadores, acadêmicos e cidadãos comuns enfrentam repressão quando suas ideias desafiam o status quo. Ao longo da história, figuras como Sócrates, que foi condenado à morte por suas ideias filosóficas, e Galileo Galilei, que enfrentou a Inquisição por suas descobertas científicas, exemplificam o preço pessoal que muitas vezes acompanha a defesa da liberdade de pensamento.
Esses exemplos de pensadores que pagaram o preço, como Sócrates: o filósofo grego foi condenado à morte por suas ideias e métodos de questionamento que desafiavam as normas sociais e políticas de Atenas. Sua defesa do pensamento crítico e da busca pela verdade continua a inspirar gerações.
Galileo Galilei: Suas descobertas astronômicas, que apoiavam a teoria heliocêntrica de Copérnico, o colocaram em conflito com a Igreja Católica. Galileo foi forçado a renunciar às suas descobertas e passou o resto da vida sob prisão domiciliar.
Martin Luther King Jr.: Líder do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, King lutou pela igualdade racial e justiça social. Sua defesa da liberdade e dos direitos humanos levou ao seu assassinato em 1968, entre outros.
Proteger a liberdade requer vigilância constante e disposição para enfrentar desafios. É fundamental que a sociedade permaneça firme contra qualquer forma de repressão e continue a valorizar e proteger os direitos de todos à liberdade de expressão e pensamento.
Somente assim podemos assegurar que o preço pago por tantos no passado não tenha sido em vão, e que a liberdade permaneça um pilar inabalável de nossas democracias.
A liberdade é preciosa, e seu valor é imensurável. Defender essa liberdade é um dever coletivo, que exige coragem e determinação para garantir que todas as vozes possam ser ouvidas, e todas as ideias possam ser discutidas, em busca de um mundo mais justo e democrático.
Juba Paixão – Jornalista, publicitário, estrategista em campanha política e empresário de comunicação institucional – detentor da Cruz do Mérito da Comunicação, categoria Comendador, pela Câmara Brasileira de Cultura.