Assim como as sementes plantadas em solo fértil, essa iniciativa busca nutrir a inovação em instituições de ensino e pesquisa do Brasil e de seus parceiros, criando um ambiente propício para o avanço biotecnológico na região.
Por Juba Paixão
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), lançou uma nova chamada pública com o objetivo de intensificar a capacitação em biotecnologia e promover o intercâmbio científico entre países latino-americanos.
Com inscrições abertas até o dia 8 de outubro, a chamada visa selecionar e apoiar cursos focados em ciência, tecnologia e inovação, com ênfase em formações de nível de pós-graduação.
O Centro Latino-Americano de Biotecnologia (CABBIO), composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia, será o elo dessa troca de conhecimentos, consolidando a cooperação técnico-científica entre
A participação do Brasil nessa iniciativa é vital, uma vez que somos a engrenagem que movimenta o Centro, garantindo que o intercâmbio de conhecimento e a colaboração científica se fortaleçam ainda mais”, afirma Thiago Moraes, coordenador-geral de Ciências da Saúde, Biotecnológicas e Agrárias do MCTI.
A proposta é mais do que a oferta de cursos — é uma plataforma de desenvolvimento conjunto de soluções para desafios regionais nas áreas de saúde, agricultura e meio ambiente. A iniciativa conta com um orçamento total de R$ 750 mil, dividido em duas linhas de apoio. A Linha 1 destina-se à realização de, no mínimo, três cursos de 80 horas, com 60% das atividades voltadas à prática e 40% à teoria. Já a Linha 2 contempla, no mínimo, quatro cursos de 40 horas, também com foco no equilíbrio entre teoria e prática.
Os cursos, previstos para 2025, funcionarão como descobertas para o futuro da biotecnologia na América Latina, permitindo que pesquisadores de diferentes países compartilhem descobertas e absorvam novos conhecimentos. O Brasil, ao liderar essa iniciativa, se posiciona como um verdadeiro arquiteto do progresso científico na região, ao promover o avanço biotecnológico com soluções práticas e inovadoras.
No cenário global, países como Estados Unidos, Alemanha, China, Japão e Reino Unido se destacam como potências em biotecnologia, abrigando centros de pesquisa de ponta e uma forte indústria de inovação. Os Estados Unidos, por exemplo, são líderes em biotecnologia médica, enquanto a Alemanha e o Reino Unido se destacam em biotecnologia industrial e ambiental. A China, por sua vez, tem acelerado sua participação no campo com grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento,
O Brasil, com iniciativas como essa, visa se firmar como uma peça-chave na biotecnologia da América Latina, buscando alcançar avanços que possam competir no cenário global. Ao criar oportunidades de intercâmbio e colaboração entre países da região, o Brasil fortalece sua posição como líder regional, capaz de enfrentar desafios globais com soluções inovadoras.
Leia a chamada aqui.
Fontes:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Centro Latino-Americano de Biotecnologia (CABBIO) Relatórios e estudos de inovação em biotecnologia– CitOCDE (Organização para C