A evolução das redes sociais reflete uma das maiores revoluções tecnológicas e culturais do nosso tempo.
Por Juba Paixão
Da simplicidade das primeiras plataformas digitais até as promessas do metaverso, a forma como nos conectamos tem sido continuamente transformada. Essa jornada é marcada tanto por conquistas quanto por desafios, especialmente à medida que a tecnologia avança para novos horizontes.
No Brasil, a comunicação em grupo teve seu início com soluções como o número 145, que permitia conversas cruzadas através das linhas telefônicas.
O Orkut, em 2004, marcou uma transição significativa, popularizando as interações sociais em um ambiente digital. Já em 2009, o WhatsApp trouxe a democratização da comunicação instantânea, evoluindo para uma rede social completa, com funcionalidades que incluem compartilhamento de status e gestão de negócios.
Essa evolução exemplifica o conceito de inovação disruptiva, no qual tecnologias acessíveis e simples substituem soluções tradicionais, conectando milhões de pessoas de forma mais eficiente.
Os gigantes das redes sociais em 2024
O uso de redes sociais continua a crescer, com algumas plataformas dominando tanto o cenário global quanto o brasileiro. Em 2024, o ranking das redes mais utilizadas reflete diferenças regionais, mas também a consolidação de líderes globais.
Ranking Global:
1º – Facebook: 3,06 bilhões de usuários ativos.
2º – YouTube: 2,5 bilhões.
3º – Instagram: 2 bilhões.
4º – WhatsApp: 2 bilhões.
5º – TikTok: 1,58 bilhão.
Ranking no Brasil:
1º – WhatsApp: aplicativo mais presente nos celulares brasileiros.
2º – Instagram: plataforma favorita para engajamento visual.
3º – Facebook: ainda popular em comunidades e público mais velho.
4º – TikTok: crescente entre jovens e criadores de conteúdo.
5º – Telegram: alternativa segura para comunicações mais robustas.
Do Metaverso à frustração
Enquanto as redes sociais consolidavam sua relevância, outra promessa tecnológica ganhou destaque: o metaverso. Apresentado como um universo virtual imersivo onde as pessoas poderiam interagir, trabalhar e socializar, o metaverso gerou entusiasmo. Empresas como Meta (antigo Facebook) investiram bilhões para desenvolver essa visão. No entanto, o conceito enfrentou desafios significativos, como altos custos, limitações tecnológicas, e falta de adesão por parte do público.
Em 2024, o metaverso ainda não emplacou como esperado. Pesquisas mostram que muitos usuários não veem o valor prático em uma adoção ampla, e o custo de equipamentos, como óculos de realidade virtual, continua sendo um obstáculo. Além disso, questões como privacidade, segurança e acessibilidade levantam dúvidas sobre sua viabilidade no curto prazo.
Inteligência Artificial e o futuro da comunicação
Enquanto o metaverso enfrenta incertezas, o avanço da Inteligência Artificial (IA) cria novas oportunidades para transformar a comunicação e as redes sociais. Ferramentas baseadas em IA já estão revolucionando desde o atendimento ao cliente, com chatbots avançados, até a criação de conteúdo automatizado, personalização de anúncios e moderação de plataformas.
A IA também promete integrar diferentes dimensões de interatividade, permitindo que as redes sociais sejam mais adaptáveis às necessidades dos usuários.
Um futuro onde algoritmos inteligentes criem experiências personalizadas em tempo real é cada vez mais provável.
O que vem depois?
O futuro da comunicação digital parece promissor, mas desafiador. Embora o metaverso ainda precise provar seu valor, novas tecnologias, como realidade aumentada (AR), assistentes virtuais e algoritmos de IA, prometem mudar o cenário. O desafio será equilibrar inovação com acessibilidade, sustentabilidade e impactos sociais, para que as ferramentas tecnológicas não apenas conectem, mas também fortaleçam a sociedade.
Fontes:
Statista: Relatórios sobre uso global de redes sociais.
We Are Social: Relatório Digital 2024.
Business Insider: O estado do metaverso e da IA.
Acontecendo Aqui: Redes sociais no Brasil.
Wired: Tendências de IA e redes sociais.