A Pesquisa Nacional de Saúde Mental (PNSM-Brasil) surge como um marco no enfrentamento dos desafios da saúde mental no Brasil, ao reunir esforços inéditos para compreender a prevalência e os impactos dos transtornos mentais no país.
Por Juba Paixão
Coordenada pela Profa. Dra. Maria Carmen Moldes Viana, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest), a pesquisa visa traçar um panorama detalhado sobre a saúde mental da população brasileira.
Dados globais demonstram a urgência do tema.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 970 milhões de pessoas vivem com algum transtorno mental, com destaque para depressão e ansiedade. O impacto econômico global estimado é de cerca de US$ 1 trilhão por ano, devido à perda de produtividade e custos com saúde.
Além disso, cerca de 15% da população mundial apresenta algum problema de saúde mental durante sua vida.
A cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio, fazendo deste a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
No Brasil, os transtornos mentais representam uma das maiores cargas de doenças, com transtornos depressivos, de ansiedade e uso de substâncias entre os mais prevalentes. Esses problemas afetam não apenas a saúde individual, mas também a economia e o tecido social do país.
Objetivos e importância da PNSM-Brasil
A pesquisa tem como propósito mapear a prevalência dos transtornos mentais, identificar determinantes sociais e lacunas nos serviços de saúde e avaliar custos associados ao tratamento. Este esforço se alinha às prioridades globais de saúde pública, colocando o Brasil em posição de destaque no Consórcio Mundial de Saúde Mental, liderado pela OMS e Universidade de Harvard.
Impacto e expectativa
Com resultados esperados em 2025, a PNSM-Brasil ajudará a:
- Planejar políticas públicas mais eficazes;
- Reduzir o estigma em torno dos transtornos mentais;
- Ampliar o acesso ao tratamento e promover maior qualidade de vida à população.
Ao se juntar a iniciativas globais, o Brasil se posiciona como um ator relevante na busca por soluções para a saúde mental, beneficiando não apenas o país, mas contribuindo para o conhecimento científico mundial.
Fontes:
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST)
Consórcio Mundial de Saúde Mental (Universidade de Harvard) Dados Globais de Saúde