As mudanças que estão acontecendo são muitas. Todo processo de revolução costuma causar rupturas abruptas no modo vigente até o momento, e este não é diferente. Os desafios e oportunidades que surgem com ele também são muitos.
O Brasil, um país com tantas oportunidades e um potencial muito grande de crescimento, aos poucos incorpora a Indústria 4.0 em seu dia a dia.
Com ela, uma série de novos aparatos está sendo desenvolvida. Esses dispositivos já estão, em alguma medida, provocando diversas mudanças e irão intensificar ainda mais o processo de transformação de nossa sociedade.
Os ganhos de produtividade e a minimização de desperdícios, com máquinas inteligentes que interagem entre si, abrem um horizonte de possibilidades de escala e acesso como nunca antes visto.
Isso ajudará milhares de pessoas em nosso país que hoje não têm acesso a uma infinidade de itens. Através da perspectiva global do que está sendo a Quarta Revolução Industrial e seus principais impactos até agora no Brasil e no mundo, conseguimos entender melhor o que é a Quarta Revolução Industrial e como ela está transformando uma série de fatores.
É possível visualizar como a Quarta Revolução Industrial afetou a geração de empregos no Brasil e os desafios que ela está ocasionando entre os anos de 2020 e 2024. A partir da constatação de como está acontecendo a transformação do emprego, com laços empregatícios muito mais flexíveis, foi possível entender quais são as novas tendências e profissões do presente, futuro, e também aquelas que estão se extinguindo.
O problema foi respondido constatando-se que a nova realidade da Indústria 4.0, que vem sendo implementada, possibilita o acesso à qualificação e requalificação de maneira muito mais democrática e acessível. Apesar de ainda termos um nível educacional bastante discrepante no Brasil, hoje já é possível acessar cursos, palestras, artigos, entre outros, de maneira muito mais facilitada para todos, com conteúdo de qualidade gratuito ou, em grande parte, a preços muito baixos.
Somado a isso, hoje temos uma distância menor em relação aos conteúdos produzidos internacionalmente, sendo possível, em grande parte, o acesso às melhores práticas e conteúdos do mundo, possibilitando, assim, uma transmissão de conhecimento muito maior que no passado.
As contínuas transformações ao longo da história vêm propiciando a diminuição do distanciamento entre pessoas, ideias e países. Se essa aproximação já vinha ocorrendo há algum tempo, agora, nesse novo momento, o conhecimento e o contato com os diferentes acontecimentos do mundo se fazem quase de forma instantânea. Isso faz com que as pessoas, empresas e países estejam cada vez mais atentos e cientes das possibilidades.
Neste novo cenário, será possível, em uma escala ainda maior, a interação profissional com pessoas de diferentes lugares do planeta.
A partir dessa interação, as trocas benéficas também aumentam, com empresas podendo contratar serviços prestados por profissionais mais capacitados ao redor do mundo, e os trabalhadores desfrutando de um nível de flexibilidade muito maior. Percebe-se um modelo de economia muito mais consciente, capaz de fazer um uso muito mais eficiente dos bens.
Com a grande quantidade de dados disponíveis, é possível hoje o desenvolvimento de produtos muito mais personalizados e adequados às demandas dos clientes. Esses mesmos produtos estão ainda mais integrados a outros serviços e a toda sua cadeia produtiva, sendo assim possível interagir melhor com eles. Essa nova realidade está alinhada com a preocupação ambiental que assusta o mundo. Essa nova forma de economia é muito mais adequada aos padrões exigidos pela economia sustentável.
A Quarta Revolução Industrial está, aos poucos, cada vez mais presente na vida de todos. Com os gargalos sendo superados, o nível de otimização da vida das pessoas aumenta consideravelmente, o que já se reflete em uma expectativa de vida maior, em acesso a mais bens e serviços, e em uma participação muito mais expressiva na sociedade. Este é apenas o começo de um grande processo que ainda está por vir.
A transformação digital vem impactando diversos setores da economia, e com a advocacia não é diferente. O meio jurídico tem sido cada vez mais afetado pelas novas tecnologias, que impactam tanto a forma como os profissionais do Direito exercem suas atividades quanto a maneira como as pessoas acessam os serviços jurídicos.
Com a transformação digital, surge o novo advogado da advocacia moderna, que é aquele profissional que não só domina as habilidades técnicas necessárias para a prática do Direito, mas também está apto a utilizar as ferramentas digitais para aprimorar seu trabalho.
Essa nova advocacia exige uma visão mais estratégica e empreendedora, em que o advogado deve estar constantemente atualizado sobre as mudanças na legislação, jurisprudência e mercado, além de dominar a tecnologia para otimizar o trabalho e fornecer um serviço mais eficiente e eficaz aos clientes.
Além disso, o novo advogado da advocacia moderna deve estar familiarizado com as ferramentas digitais disponíveis para otimizar seu trabalho, como softwares de gestão de processos, inteligência artificial para análise de documentos e dados, e plataformas de videoconferência para reuniões com clientes e colegas, entre outras.
É importante ressaltar que a tecnologia não substitui o conhecimento jurídico e a expertise do advogado, mas sim aprimora o trabalho e possibilita uma melhor gestão dos processos, aumentando a eficiência e reduzindo os custos.
Assim, o novo advogado da advocacia moderna é aquele que consegue aliar as habilidades técnicas do Direito (base jurídica sólida, atualização, eficiência e proatividade) com as competências necessárias para lidar com os desafios do mercado atual e a tecnologia disponível para otimizar seu trabalho, além de estar disposto a evoluir constantemente e oferecer um serviço de excelência aos clientes.
Geovalte Lopes de Freitas – Advogado e escritor
