21 de dezembro de 2024
Vitória, ES, Brasil

Inovação: Espírito Santo planeja o amanhã

Os meses de novembro e dezembro foram marcados por intensa interação no ecossistema de ciência, tecnologia e inovação do Espírito Santo.

Por redação onPost

Com o objetivo de apoiar o desenvolvimento sustentável do Estado, a Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), realizou seis oficinas para ouvir os principais atores do setor e avançar na construção do Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (PCTI-ES).

As oficinas “Desafios de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)” fazem parte do escopo do projeto e foram realizadas em cidades estratégicas do Espírito Santo para o setor, além da Grande Vitória. Por meio delas, buscou-se identificar pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades para o Sistema Territorial de Inovação (STI); listar desafios para o Sistema de CT&I; e levantar subsídios para a construção das missões e eixos estratégicos que resultarão no PCTI-ES.

Grupo que se reuniu na oficina realizada no Bússola Hub, em São Mateus

Em Vitória, a oficina aconteceu no espaço HUB ES+, no centro da cidade, e contou com a participação do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Bruno Lamas, que demonstrou entusiasmo com o avanço do PCTI-ES.

É um período de construção em conjunto. Por isso, o Governo tomou a decisão de elaborar o PCTI, que, por ser um plano de Estado, precisa ser coletivo, de muita escuta. A realização das oficinas foi fundamental para entendermos de forma assertiva as características locais, do ecossistema, da indústria, do comércio, do setor produtivo e da academia em cada região. Com essas contribuições valiosas colhidas nesses encontros, vamos saber qual é a vocação regional para um Estado inovador, que é o que desejamos para o Espírito Santo”, destacou o secretário.

No mesmo encontro, Rodrigo Varejão, diretor-geral da Fapes, enfatizou o esforço do Governo do Estado no desenvolvimento do PCTI-ES. “Construir um Plano Estadual envolve muita escuta com as pessoas diretamente e indiretamente ligadas à área. São esses atores que fazem a Ciência, a Tecnologia e a Inovação acontecerem em cada região. Por isso, foi muito importante ir até os seis municípios, de Norte a Sul do Estado, ouvir os atores locais. Tenho certeza de que, com todas essas informações obtidas nas oficinas, o Governo do Estado, a partir do trabalho realizado pelo CGEE, vai elaborar um plano eficaz e assertivo para que o Espírito Santo tenha cada vez mais destaque nacional na área”, avaliou.

Iomar Cunha, assessor de relações institucionais para tecnologia e inovação da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e integrante da secretaria executiva da Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI), também participou da oficina de Vitória e acredita que o movimento de ampla escuta aumenta as chances de sucesso do plano.

Gostaria de destacar esse belo movimento feito pelo Governo e, principalmente, por todos os parceiros de inovação do Estado para a construção desse PCTI. Temos que frisar pelo menos duas palavras-chave: planejar, porque o Estado precisa do planejamento de ações de inovação; e, mais do que isso, ouvir a todos. Assim, a chance de sucesso é bem maior”, disse.

Quem também esteve presente no evento foi Miriam de Magdala, superintendente de Projetos de Inovação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Para ela, o encontro foi muito positivo para o cenário atual da área.

Um momento rico de interação. A metodologia utilizada foi bem eficaz, divertido de participar. Gostei demais da iniciativa e acho que vai ser muito importante para o nosso Estado finalizar esse planejamento de ciência, tecnologia e inovação no futuro”, observou Miriam.

Oficinas de Norte a Sul do Espírito Santo

O trabalho realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), começou pelas cidades de Colatina e Linhares, respectivamente. Coordenador da Incubadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) – Campus Colatina, Ronis Faria de Souza elogiou a iniciativa do Governo.

Essa edição do Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação encontra em Colatina uma série de iniciativas ligadas a essas áreas que precisam aparecer no plano, precisam ser ouvidas e vistas. Para nós aqui de Colatina, quando soubemos que haveria uma oficina para discutir esse plano, ficamos supersatisfeitos. Vai ter um impacto extremamente positivo”, salientou o coordenador.

Na sequência, foi a vez da região Sul receber a oficina. O diretor-geral da Fapes, Rodrigo Varejão, participou do dia de troca de informações e experiências no Ifes – Campus Cachoeiro de Itapemirim, e avaliou como positiva a possibilidade do contato direto com atores da academia, gestão pública, iniciativa privada, setor empresarial e terceiro setor.

Foi muito importante ir até Cachoeiro ouvir um pouco da experiência e das iniciativas das instituições locais, conhecer o potencial do sistema de CT&I da região, quais seus reais desafios e as oportunidades que se apresentam. Será de grande valia para a construção do plano”, ressaltou.

Na última semana de novembro, a oficina em São Mateus colheu mais informações e demandas da região Norte, visando ao desenvolvimento de um plano participativo e integrado.

Alegre encerra o cronograma

Para finalizar o ciclo de encontros, a cidade de Alegre, na região Sul capixaba, recebeu a última oficina. Ela aconteceu na Associação Comercial do município e contou com a participação de diversos atores da região. Jacson Rodrigues Correia da Silva, professor de Computação e Inteligência Artificial da Ufes, destacou a relevância do evento.

Aprendi muito sobre Ciência, Tecnologia e Inovação no encontro. Foi muito importante conhecer e conversar com as pessoas, entender como podemos atuar na área, como podemos aplicar. É uma oportunidade de expandir muito melhor as ideias que possuímos. Foi um evento ótimo”, elogiou o professor.

O impacto no ecossistema de inovação

As oficinas também reforçam a importância de investimentos estratégicos para fomentar o ecossistema de inovação, contribuindo para a melhoria da posição do Espírito Santo no ranking dos estados mais inovadores do país. O esforço de planejamento conjunto e a integração de atores locais, regionais e nacionais apontam para um futuro promissor, consolidando o Espírito Santo como referência em ciência, tecnologia e inovação.


Fontes: 

Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti)

Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes)

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)

Comunicação da Fapes

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