Um importante avanço foi realizado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Quântica (QST) do Japão. Cientistas japoneses conseguiram fotografar a proteína no cérebro causadora da doença de Parkinson.
Por Juba Paixão
A nova tecnologia permite que testes de imagem possam medir a proteína que se acumula no cérebro dos pacientes com a doença de Parkinson. Uma vez conhecida a quantidade acumulada da proteína causadora, será mais fácil prosseguir com os ensaios clínicos para medicamentos terapêuticos.
A doença de Parkinson é incurável e ainda não existe um tratamento definitivo. Os nervos do cérebro que controlam os movimentos se deterioram gradualmente, afetando cerca de 4 milhões de pessoas ao redor do mundo, o que representa 1% da população global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os sintomas incluem tremores nos membros e dificuldade para caminhar. À medida que a doença avança, o paciente torna-se incapaz de se mover sozinho, precisando usar uma cadeira de rodas ou ficar acamado.
Acredita-se que a causa seja o acúmulo de uma proteína anormal, a α-sinucleína (alfa-sinucleína), no cérebro. Porém, até agora, não havia tecnologia para medi-la agregada no cérebro dos pacientes vivos, sendo necessário examinar o tecido cerebral após a morte do paciente. Atualmente, os médicos diagnosticam a doença de Parkinson com base nos sintomas.
A α-Sinucleína em pacientes vivos
A α-sinucleína se acumula no cérebro dos pacientes com a doença de Parkinson em quantidades relativamente pequenas, tornando-a difícil de medir com equipamento de diagnóstico por imagem, em parte porque tem uma estrutura semelhante a outras proteínas. A equipe de pesquisa desenvolveu uma droga que se liga fortemente à α-sinucleína agregada. Usando essa droga, os pesquisadores conseguiram obter imagens dela usando tomografia por emissão de pósitrons (PET). Esta tecnologia é considerada a primeira no mundo capaz de medir o interior do cérebro de um paciente vivo.
Quando utilizada em exames PET de pacientes, foi confirmado que a α-sinucleína estava acumulada no mesencéfalo, que está envolvido no aparecimento da doença de Parkinson. Verificou-se também que, quanto maior a quantidade de acúmulo, maior a gravidade dos distúrbios do movimento.
Hironobu Endo, pesquisador-chefe da QST, afirma:
Isso será útil na seleção de pacientes apropriados para participar de ensaios clínicos e na verificação da eficácia de novos candidatos a medicamentos”.
Outros avanços com a nova tecnologia
A equipe de pesquisa acredita que isso também ajudará a elucidar a demência por corpos de Lewy (DCL), que também envolve a α-sinucleína. A DCL é uma doença rara que provoca a perda gradual das funções cognitivas e motoras, alterações comportamentais e perda de autonomia. É a segunda forma mais comum de demência progressiva, depois da doença de Alzheimer, e geralmente afeta adultos mais velhos.
Um artigo resumindo os resultados foi publicado na revista científica americana Neuron, sob o título “Imaging α-synuclein pathologies in animal models and patients with Parkinson’s and related diseases”.
Fonte: Revista Americana Neuron e Portal MIE
Que bom que os cientistas estão se dedicando a descoberta dessa doença. Apesar de nao existir a cura ja e um avanço. Mas pra frente teremos a cura pra essa doença e prs outras tbm.
Muito obrigado pela participação. Sepre renovamos as esperanças quando a ciência progride.