6 de dezembro de 2024
Vitória, ES, Brasil

Avanço na Ciência e Tecnologia: revolução na medicina e biotecnologia

A descoberta dos pesquisadores da Universidade de Tóquio, que criaram células híbridas capazes de realizar fotossíntese, representa uma inovação potencialmente revolucionária nas áreas de saúde e biotecnologia.

Por Juba Paixão

Essas células combinam características de animais e plantas, permitindo-lhes captar energia solar de forma semelhante às plantas. O avanço foi possível através da inserção de cloroplastos de algas vermelhas em células de hamsters, que mantiveram a capacidade de fotossíntese por dois dias, produzindo oxigênio e energia.

Esse novo tipo de célula pode acelerar o crescimento celular, uma propriedade que pode ser fundamental para a geração de órgãos e tecidos em laboratório.

A aplicação dessa tecnologia abre caminho para avanços importantes na medicina regenerativa e na produção de carne cultivada em laboratório. Na medicina, a criação de células autossustentáveis poderia reduzir a necessidade de nutrientes externos em culturas celulares, tornando a produção de tecidos e órgãos mais eficiente e acessível.

Na produção de carne, essa abordagem pode levar a processos mais sustentáveis e escaláveis, reduzindo a dependência de recursos naturais intensivos e viabilizando alternativas ao sistema tradicional de pecuária.

Esses progressos se mostram promissores no combate à escassez de órgãos para transplante e na resposta às demandas globais de proteína animal.

Em dentrevista à equipe da Universidade de Tóquio, o professor Hiroshi Segawa, da Universidade de Tóquio e pesquisador líder na área de sistemas energéticos biológicos, destaca o potencial transformador da inserção de cloroplastos em células animais, como parte de um estudo inovador sobre células híbridas fotossintéticas.

Sua pesquisa, desenvolvida em colaboração com colegas da instituição, incorpora cloroplastos extraídos de algas vermelhas em células de hamster, com o objetivo de impulsionar a criação de novos métodos sustentáveis para crescimento celular e de tecidos em áreas como transplantes de órgãos e produção de carne em laboratório.

O projeto reflete o compromisso contínuo da universidade com soluções que unem sistemas naturais e artificiais, contribuindo tanto para a biotecnologia quanto para inovações no setor de saúde e alimentação”, enfatiza

Segara observa que a integração da fotossíntese em células animais não só amplia o potencial de utilização de luz solar na produção de energia celular, mas também promove o desenvolvimento de estruturas celulares com fontes alternativas de carbono, uma inovação que poderia reduzir significativamente o impacto ambiental desses processos industriais.

Esse trabalho se alinha com esforços de outras instituições de pesquisa renomadas, como o Francis Crick Institute, que explora biorreatores avançados para cultivo de órgãos e tecidos complexos. A pesquisa de Segawa, junto com esses esforços globais, visa acelerar o desenvolvimento de alternativas sustentáveis para problemas de recursos energéticos e segurança alimentar.

Para mais informações sobre a pesquisa de Segawa, consulte a Universidade de Tóquio e suas publicações detalhadas sobre o projeto​:

Da fotossíntese à tecnologia de células

University of Tokyo

Previous Article

Findeslab: evento promove inovação em Saúde e Segurança no Trabalho

Next Article

Programa de Inovação Interna do Bandes é finalista do Prêmio Inoves e está aberto para votação popular

You might be interested in …

Fest e ICMBio mapeiam reservas extrativistas na Amazônia

A ação, coordenada pelo Instituto Chico Mendes, em parceria com a Fundação Espírito-Santense (Fest), está sendo realizada nas comunidades locais de Baixo Rio Branco-Jauaperi e Rio Unini. A equipe do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) […]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *